Resumen
Introdução: os fenômenos envolvidos durante o processo de reparo após elevação do assoalho do seio maxilar, relacionados ao uso de enxertos e biomateriais, não são completamente conhecidos. Objetivos: avaliar clínica, radiológica e histomorfometricamente os resultados de neoformação óssea e desempenho de implantes inseridos em sítios previamente reconstruídos por meio de cirurgia de elevação do assoalho do seio maxilar utilizando osso bovino inorgânico, verificando se há correlação entre os mesmos. Metodologia: a amostra consistiu em 20 implantes inseridos após 7 a 11 meses, em 20 sítios de 10 pacientes adultos, consecutivamente, submetidos à cirurgia de levantamento do assoalho do seio maxilar e enxerto de osso bovino inorgânico. No momento da inserção do implante foi coletada uma amostra de tecido ósseo no sitio da perfuração, para a realização da histomorfometria. O sucesso dos implantes foi avaliado por critérios clínicos decorridos quatro meses de sua inserção. A densidade radiográfica das radiografias periapicais prévias à instalação de 13 dos implantes foi medida e correlacionada aos dados histomorfométricos e de sucesso. Resultados: um implante foi perdido. A porcentagem media de osso vital foi de 50.06%, a de não vital de 40.17%, e de tecido mole de 9,44%. Houve correlação positiva entre a densidade radiográfica e a quantidade de osso vital, e negativa entre esta e a quantidade de tecido mole. Não houve correlação entre o sucesso dos implantes e os demais achados. Conclusões: a cirurgia de elevação do seio maxilar mostrou-se segura a eficaz, permitindo inserção de implantes nos períodos citados. A radiografia periapical digitalizada apresentou potencial para estimar o percentual de osso vital após este tipo de procedimento.